Expansão do Projeto - ABC na Educação Científica - Mão na Massa
Na Rede Municipal de Educação de São Paulo -Formação de Formadores e
Práticas em Sala de Aula
Maria Lúcia dos Santos
Educação Básica / Divisão de Orientação Técnica do Ensino Fundamental/ SME-SP
Norberto Cardoso Ferreira
Educação Básica / Instituto de Física/ USP-SP
Élie Marie Eustache Bajard
Educação Básica / Escola de Comunicação e Arte/ USP-SP
Cristina Marie Okida
Educação Básica / Divisão de Orientação Técnica do Ensino Fundamental/ SME-SP
INTRODUÇÃO: Proposta de Intercâmbio entre as academias brasileira e francesa de Ciências que tem como objetivo a articulação entre o desenvolvimento da expressão oral e escrita e introdução à Iniciação Científica, na Educação Infantil e nos primeiros anos do Ensino fundamental. Implantado na Rede Municipal de Educação da cidade de São Paulo em 2001, teve sua expansão em 2002 para 12 NAEs (Núcleos de Ação Educativa) da Cidade de São Paulo. Foram envolvidos 12 formadores de cada NAE, 25 novas unidades escolares, 25 Coordenadoras Pedagógicas, 440 professores e cerca de 18.500 alunos. A formação foi realizada nos espaços da Biblioteca Municipal Viriato Corrêa, Estação Ciência (Centro de Difusão Científica, Tecnológica e Cultural da Universidade de São Paulo), Secretaria Municipal de Educação da Cidade de São Paulo, e unidades escolares, por profissionais da Rede Municipal de Educação e pelo Consultor Científico do IF-USP, Prof. Dr. Norberto Cardoso Ferreira e Consultor Lingüístico da ECA-USP, Prof. Dr. Élie Marie Eustache Bajard, no período de Dezembro de 2001 a dezembro de 2002 e as ações nas salas de aulas ocorreram concomitantemente. Este projeto faz parte do acordo de cooperação entre o Governo da França e a Prefeitura Municipal de São Paulo.
METODOLOGIA: A Formação de Formadores em Iniciação Científica foi realizada em duas fases. Na primeira fase foram vivenciadas oficinas de formação envolvendo Educadores e Cientistas da Missão Francesa. Foram discutidos ciclos didáticos com o tema água, eletricidade e astronomia, como possibilidades de serem aplicação na formação docente das unidades escolares ingressantes do projeto em 2002 e que conseqüentemente desenvolvessem com seus alunos em sala de aula. A fase I foi realizada em 3 (três) encontros de 4 horas diárias em dezembro de 2001 e a fase II com encontros mensais de 4 horas cada, entre fevereiro e dezembro de 2002. Educadores da área de ciências naturais designados pelos NAE(s) e um coordenador pedagógico de cada escola envolvida atuaram como formadores junto às unidades escolares que ingressaram no Projeto. As atividades realizadas em sala de aula foram acompanhadas pelo formador de cada NAE e pela equipe Mão na Massa da Secretaria Municipal de Educação. Nas escolas do pólo que iniciou o Projeto na Rede Municipal de Ensino de São Paulo, foi introduzido o Curso de Francês Instrumental. Aconteceram intercâmbios presenciais entre os participantes as 28 escolas, sendo um com a missão vinda da França. Mensalmente reuniram-se as equipes da Secretaria Municipal e de formadores dos NAEs para avaliação e planejamento das ações em andamento. Foram produzidos textos de apoio para a ação educativa, ciclos didáticos, caderno de experiências, vídeos, bibliografia sugerida, alimentação criação de site Mão na Massa.
RESULTADOS: A formação destes educadores permitiu a ampliação com qualidade nas escolas que participam do projeto.Um dos critérios adotados foi a formação in lócus de todos os professores de ciclo I do Ensino Fundamental destas escolas, através da proposta metodológica Mão na Massa, com a elaboração e verificação de hipóteses, registro das discussões, conclusões provisórias, após a sensibilização e contextualização da temática feita com os alunos. Para relatarem as hipóteses, observações e conclusões provisórias dos grupos, necessariamente os alunos lançaram mão da linguagem oral e escrita e, de acordo com seus professores apresentaram um desenvolvimento significativo nas diversas formas de registro e na socialização entre os grupos. Nas discussões apareceram desdobramentos das questões apresentadas, que conduziram a pesquisas, tanto pelos professores quanto pelos alunos. Em 2002, 500 professores desenvolveram o projeto com 18.500 alunos de 1º a 4º anos do Ciclo I, nas três escolas, somadas à 25 novas escolas, perfazendo um total de 28 unidades escolares, permitindo assim que a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo avaliasse a necessidade de expansão para outras escolas de sua rede de ensino em 2003.
CONCLUSÕES: Os 500 professores que participaram da Formação em Iniciação Científica, contextualizaram temáticas relativas à água, meio ambiente, através da proposta metodológica Mão na Massa. Potencialmente foram envolvidos 18.500 alunos dos quatro primeiros anos do Ciclo I. Avaliações realizadas pelos professores quanto ao entusiasmo e desempenho das crianças que participaram das atividades, provocaram uma reflexão na prática do ensino de Ciências e demais áreas do conhecimento. Segundo eles as aulas tornaram-se prazerosas, incentivando os alunos a gostarem mais da escola. O desenvolvimento de habilidades e atitudes científicas conduziram a postura investigativa diante do mundo real, possibilitando o desenvolvimento da autonomia em relação às tomadas de decisão. Este é um projeto que promove um movimento de reorientação curricular na escola.
Trabalho de iniciação Científca
Palavras-Chave:
Ciências Humanas
Educação
Educação Básica Anais da 55ª Reunião Anual da SBPC - Recife, Julho/2003
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Centro de Divulgação Científica e Cultural - CDCC - USP
ABC na Educação Científica - Mão na Massa