Índice
Onde Ver o Cometa?
Posição do Cometa em Abril de 1997
Posição do Cometa em Maio de 1997
Imagens do Cometa pelo CDA
Imagens de outras Localidades
O Cometa Hale - Bopp
Hubble and IUE Hale-Bopp Observations Surprise Astronomers.
Luneta Caseira Para Ver o Cometa
por: Prof. Josi J. Lunazzi
Onde Ver o Cometa?
por Ednilson Oliveira(*)
(ÍNDICE)
Em relacao ao cometa Hale-Bopp, aqui vão algumas dicas sobre os dias ideais de observação:
-
De 1 a 5 de abril o cometa Hale - Bopp não será visível
-
A partir do dia 12 de abril, e até o
dia 28 de junho o cometa podera ser visto ao anoitecer próximo ao
horizonte, na direção do por do Sol. A direita deste entre os dias 12
de abril e 10 de maio e a esquerda a partir do dia 11 de maio.
-
Entre os dias 12 de abril e 10 de
maio ele estará percorrendo a contelação de Perseus. Até o dia 15 de
maio será visível na constelação de Touro e a partir dai na constelação
de Orion.
-
A melhor epoca para a sua observacao
será entre os dias 26 de abril e 17 de maio, quando entao ele estará
mais alto no céu ao anoitecer, cerca de 15 graus acima do horizonte, e
visível por quase uma hora e meia.
-
A partir do dia 17 de maio o cometa
volta a ficar mais próximo do horizonte e menos brilhante a cada dia,
sendo ofuscado pela luz do crepúsculo.
-
Mais dicas:
-
21 de abril o cometa estará a 9 graus do aglomerado das Pleiades.
-
09 de maio estará a 4 graus abaixo da lua crescente.
-
31 de maio estará a 2,5 graus de Betelgeuse ( Alfa Orionis)
-
14 de junho 6 graus acima de Betelgeuse.
(*) Ednilson de Oliveira - Ex Monitor do CDA e atualmente faz mestrado em Astrofísica no IAGUSP.
Posição do Cometa em Abril
(ÍNDICE)
Posição do Cometa Hale - Bopp durante o Ocaso do Sol em São Carlos - SP.
|
COMETA
|
SOL
|
Dia |
Altura |
Azimute |
Alfa |
Delta |
Ocaso |
Azimute |
Crepúsculo |
01 |
-3° |
317° |
01h55.3m |
+44°12' |
18:11h |
275° |
19:25h |
02 |
-2° |
317° |
02h04.1m |
+43°47' |
18:10h |
275° |
19:24h |
03 |
-1° |
317° |
02h12.7m |
+43°20' |
18:09h |
276° |
19:23h |
04 |
+1° |
318° |
02h21.1m |
+42°51' |
18:08h |
276° |
19:22h |
05 |
+2° |
318° |
02h29.2m |
+42°19' |
18:07h |
277° |
19:21h |
06 |
+3° |
318° |
02h37.0m |
+41°46' |
18:06h |
277° |
19:20h |
07 |
+4° |
318° |
02h44.6m |
+41°12' |
18:05h |
277° |
19:19h |
08 |
+5° |
318° |
02h51.9m |
+40°36' |
18:04h |
278° |
19:18h |
09 |
+6° |
318° |
02h58.9m |
+39°59' |
18:03h |
278° |
19:18h |
10 |
+7° |
317° |
03h05.7m |
+39°21' |
18:03h |
279° |
19:17h |
11 |
+8° |
317° |
03h12.2m |
+38°42' |
18:02h |
279° |
19:16h |
12 |
+8° |
317° |
03h18.5m |
+38°03' |
18:01h |
279° |
19:15h |
13 |
+9° |
317° |
03h24.6m |
+37°23' |
18:00h |
280° |
19:14h |
14 |
+10° |
°317 |
03h30.5m |
+36°43' |
17:59h |
280° |
19:14h |
15 |
+11° |
°317 |
03h36.1m |
+36°02' |
17:58h |
280° |
19:13h |
16 |
+12° |
°316 |
03h41.5m |
+35°21' |
17:57h |
281° |
19:12h |
17 |
+13° |
°316 |
03h46.7m |
+34°40' |
17:57h |
281° |
19:11h |
18 |
+13° |
°316 |
03h51.8m |
+33°59' |
17:56h |
282° |
19:10h |
19 |
+14° |
°315 |
03h56.6m |
+33°18' |
17:55h |
282° |
19:10h |
20 |
+°15 |
°315 |
04h01.3m |
+32°37' |
17:54h |
282° |
19:09h |
21 |
+15° |
°315 |
04h05.8m |
+31°57' |
17:54h |
283° |
19:08h |
22 |
+16° |
°314 |
04h10.2m |
+31°16' |
17:53h |
283° |
19:08h |
23 |
+17° |
°314 |
04h14.4m |
+30°36' |
17:52h |
283° |
19:07h |
24 |
+17° |
°313 |
04h18.4m |
+29°56' |
17:51h |
284° |
19:06h |
25 |
+18° |
°313 |
04h22.4m |
+29°17' |
17:51h |
284° |
19:06h |
26 |
+18° |
°313 |
04h26.2m |
+28°38' |
17:50h |
284° |
19:05h |
27 |
+19° |
°312 |
04h29.9m |
+27°59' |
17:49h |
285° |
19:05h |
28 |
+19° |
°312 |
04h33.4m |
+27°20' |
17:49h |
285° |
19:04h |
29 |
+19° |
°311 |
04h36.9m |
+26°43' |
17:48h |
286° |
19:03h |
30 |
+20° |
°311 |
04h40.3m |
+26°05' |
17:47h |
286° |
19:03h |
Oeste = 270° (azimute)
Observações:
As coordenadas do Cometa correspondem
ao instante do Ocaso do Sol. O horário do Ocaso do Sol implica que a
altura do Sol está -1° da linha do horizonte Oeste (o Sol está um grau
abaixo da linha de horizonte). O tamanho do disco solar corresponde a
meio grau. Logo dois discos solares correspondem a um grau (1°).
Para o cometa são fornecidas as
coordenadas azimutais e as coordenadas equatoriais no instante do ocaso
do Sol. Para o Sol são fornecidos o azimute e o momento do crepúsculo
vespertino,o qual é o instante em que nós temos o começo da noite
astronômica. O horário do crepúsculo corresponde ao Sol estar 15°
abaixo da linha de horizonte. Apartir do dia 17 de abril, nós teremos o
cometa por completo no céu com o fim do crepúsculo vespertino. Nós
veremos o cometa sem a interferência dos raios solares nas camadas mais
altas da atmosfera.
Exemplo:
No dia 05 de Abril o Ocaso do Sol
ocorrerá as 18:07h. Nesse instante o Sol estará um grau abaixo da linha
do horizonte oeste e ocupando o azimute de 277° (Oeste = 270°).
Portanto o Sol está sete graus a direita em relação ao ponto cardeal
Oeste. O Cometa apresentará uma altura de +2° (acima da linha de
horizonte) e estará ocupando o azimute de 318°. Portanto o cometa
estará quarenta e oito graus a direita do ponto cardeal Oeste e/ou ele
estará a quarenta e um graus a direita do Sol. De modo mais simples, o
cometa estará a Noroeste. O começo da noite astronômica começará as
19:21h, ou seja, nós ainda teremos após o Ocaso do Sol mais setenta e
quatro minutos de diminuição da luz solar. Nessa situação o brilho dos
raios solares atingindo a parte mais alta da atmosfera terrestre estará
"brigando" com a luz vinda do cometa. Emtermos das coordenadas
equatoriais, a posiçxão do cometa no instante do Ocaso do Sol será Alfa
= 02h29.2m (ascensão reta) e Delta = +42°19' (declinação).
Para coordenadas muito diferentes de
São Carlos (22°01'S e 47°54W). Os dados a serem considerados serão
apenas o horário do Ocaso do Sol e os valores de Alfa e Delta, os quais
deverão ser convertidos para a localidade de interesse.
Posição do Cometa em Maio
(ÍNDICE)
|
Posição do Cometa Hale - Bopp durante o Ocaso do Sol em São Carlos - SP.
|
COMETA
|
SOL
|
Dia |
Altura |
Azimute |
Alfa |
Delta |
Ocaso |
Azimute |
Crepúsculo |
01 |
+20° |
317° |
04h43.5m |
+25°28' |
17:47h |
286° |
19:02h |
02 |
+21° |
317° |
04h47.7m |
+24°51' |
17:46h |
287° |
19:02h |
03 |
+21° |
317° |
04h49.8m |
+24°15' |
17:45h |
287° |
19:01h |
04 |
+21° |
318° |
04h52.8m |
+23°40' |
17:45h |
287° |
19:01h |
05 |
+22° |
318° |
04h55.8m |
+23°04' |
17:44h |
287° |
19:00h |
06 |
+22° |
318° |
04h58.6m |
+22°30' |
17:44h |
288° |
19:00h |
07 |
+22° |
318° |
05h01.4m |
+21°55' |
17:43h |
288° |
18:59h |
08 |
+22° |
318° |
05h04.1m |
+21°22' |
17:43h |
288° |
18:59h |
09 |
+22° |
318° |
05h06.8m |
+20°48' |
17:42h |
289° |
18:58h |
10 |
+22° |
317° |
05h09.4m |
+20°15' |
17:42h |
289° |
18:58h |
Oeste = 270° (azimute)
O Cometa Hale-Bopp
Por Luiz Pradines de Menezes Jr.
(ÍNDICE)
Ao observar o céu, à noite,
os homens perceberam que havia pontos luminosos que se deslocavam
lentamente entre as estrelas. Estes pontos luminosos eram chamados de planetas
e a observação de suas posições sugeriu aos homens que os astros no céu
se movimentavam, como as coisas aqui na Terra. Eles também tinham a sua
atenção atraída por pequenos pontos luminosos, que riscavam o céu com
uma velocidade espantosa e muitas vezes desapareciam sem deixar
vestígios; os homens chamaram de estrelas cadentes estes
pequenos pontos luminosos, por parecerem estrelinhas que despencavam do
céu, e temiam que algumas destas estrelas caissem sobre as suas
cabeças...
Porém, havia também um outro
tipo de astro, que se parecia com aquelas estrelas cadentes - por
deixar atrás de si uma cauda luminosa - mas que não desaparecia após
alguns segundos. Estes astros apareciam aos pouquinhos, aumentando de
brilho e de tamanho, e ficavam visíveis no céu durante alguns dias,
quando então se cansavam de aparecer aos homens e desapareciam do céu.
Os homens ficavam maravilhados e assustados com aquelas aparições e
imaginavam que estes astros poderiam ser mensageiros dos deuses,
anunciando guerras e doenças que iriam acontecer. Estes astros foram
chamados de cometas.
Muito tempo se passou até que
os homens descobrissem que os cometas não eram produzidos na própria
atmosfera da Terra. O anos passaram, muitos outros cometas também, até
que uma descoberta muito importante foi feita pelo astrônomo inglês
Edmond Halley, em 1682: ele observou que várias aparições de cometas
ocorriam em intervalos de 76 anos e concluiu que estes cometas na
verdade eram apenas um único, que retornaria em 1759. Halley morreu em
1742 mas o seu cometa não faltou ao encontro marcado e se tornou o mais
famoso da história. Porém, o medo dos cometas continuava entre as
pessoas. Em 1910, o cometa Halley retornou a este cantinho do Sistema
Solar e os cientistas perceberam que a Terra atravessaria a cauda do
cometa nesta visita. Algumas pessoas não entenderam que a cauda do
cometa não oferecia perigo para a humanidade e se puseram a usar
máscaras contra os "gases tóxicos" do cometa de Halley. O cometa
continuou em sua viagem, indiferente ao medo dos homens, e, quando
retornou, em 1986, havia se transformado em uma campanha de publicidade
enorme. Desta vez a aparição do cometa foi menos impressionante que em
1910: talvez ele estivesse com vergonha de tanta publicidade! Dessa
maneira, as pessoas perceberam que os cometas são astros imprevisíveis
e que as previsões a respeito deles podem não se concretizar.
Afinal de contas, o que são
os cometas? Os cometas são imensas bolas de gelo e poeira que giram em
torno do Sol. Durante muitos e muitos anos, os cometas vagam por
lugares escuros e frios do Sistema Solar. Então, aos pouquinhos, os
cometas se aproximam do Sol e o calor de nossa estrela faz com que os
gases congelados do núcleo derretam e formem uma nuvem, a coma, e uma coroa de hidrogênio, que pode ser muitas vezes maior que o próprio cometa. As caudas
do cometa podem ser formadas de gases e poeira, que se desprendem do
núcleo e se extendem por centenas de milhões de quilômetros: em muitos
cometas estas caudas podem estar bastante separadas. A cauda de gases
normalmente tem uma cor meio azulada e sempre se opõe ao Sol,
aumentando de tamanho à medida em que o cometa se aproxima de nossa
estrela. A cauda de poeira é formada por pequeninas partículas sólidas,
que são deixadas pelo núcleo no caminho, formando um arco caprichoso e
com uma cor amarelo-esbranquiçada. Uma foto de um cometa é mostrada
abaixo para que se conheça as partes que o constituem:
Figura 01: Foto do
Cometa Hale-Bopp, tirada pelo astrônomo americano Johnny Horne na manhã
de 16 de março deste ano. Notem a cor azulada da cauda de gás do cometa
e a cor amarelo-esbranquiçada da cauda de poeira! (c) 1997 Fayetteville
Observer-Times.
Não se sabe muito bem de onde
vêm os cometas. Imagina-se que existam trilhões de núcleos adormecidos
a uma distância enorme da Terra, formando uma espécie de nuvem
envolvendo todo o Sistema Solar, a chamada Nuvem de Oort (nome do astrônomo que imaginou esta nuvem). Os cometas também podem vir de uma região um pouco mais próxima, o chamado Disco de Kuiper
(outro astrônomo!...), logo após o final do Sistema Solar. Já foram
observados objetos parecidos com cometas no Disco de Kuiper e os
astrônomos estão convencidos que muitos cometas vêm de lá. Na verdade,
os cometas que levam milhares de anos para dar uma volta em torno do
Sol podem ter vindo da Nuvem de Oort, ao passo que aqueles que levam
até 200 anos para completar uma órbita em torno da nossa estrela podem
vir do Disco de Kuiper. Como dissemos antes, os cientistas ainda têm
muito a aprender sobre os cometas.
Como não sabemos muito sobre
estes visitantes, qualquer cometa brilhante que ilumine as nossas
noites é bem-vindo. Em março do ano passado recebemos a visita ilustre
do cometa Hyakutake, que recebeu este nome devido ao seu
descobridor, um astrônomo amador japonês chamado Yuji Hyakutake. Este
cometa proporcionou um espetáculo belíssimo no céu por poucos dias,
pois ele passou bem próximo à Terra ("apenas" 15 milhões de
quilômetros!). Mesmo assim, pudemos observar bastante bem este cometa.
Neste ano estamos recebendo a visita do cometa Hale-Bopp, que
na verdade foi descoberto em 23 de julho de 1995 por dois astrônomos
americanos, Alan Hale e Thomas Bopp. A foto dos dois descobridores é
mostrada abaixo:
Figura 02: Alan Hale (foto por Eva Hale)
FIGURA 03: Thomas Bopp (foto por Kevin Gill)
O cometa foi descoberto quase
ao mesmo tempo pelo dois astrônomos. Alan Hale estava tentando observar
um outro cometa (já havia observado cerca de 200 sem descobrir nenhum!)
mas a hora não era apropriada: então, para passar o tempo, apontou o
seu telescópio para a constelação de Sagitário e percebeu que lá havia
um objeto esfumaçado, que não estava por lá da última vez que havia
olhado aquela região. Enquanto isso, Thomas Bopp se encontrava com
amigos, observando o céu no deserto. Ao apontar o telescópio para
Sagitário percebeu o mesmo que Alan Hale: um astro difuso e muito
fraco, que se movia lentamente entre as estrelas. Os dois comunicaram à
União Astronômica Internacional a descoberta do cometa e ele recebeu a
designação cometa Hale-Bopp.
O Hale-Bopp é especial pelo
fato de ser muito grande. O núcleo do cometa, aquela bola de gelo que
se derrete ao se aproximar do Sol, tem mais ou menos 40 quilômetros de
diâmetro: pode parecer pouco, mas este núcleo é muito maior que o do
cometa Halley, que tinha mais ou menos 10 quilômetros de tamanho. Os
cientistas estão fazendo muitas fotos do núcleo do cometa e estão
observando o aparecimento de vulcões de gases. Além disso, descobriu-se
gases incomuns no cometa, levando os cientistas a acreditar que a vida
na Terra possa ter se originado com substâncias trazidas por um cometa,
que teria se chocado com o nosso planeta há muitos anos atrás.
O Hale-Bopp já está sendo observado desde o ano de 1995, mas somente neste dia 1o.
de abril ele vai passar o mais próximo possível do Sol: uma distância
de mais ou menos 170 milhões de quilômetros. A observação a olho-nu
está sendo feita por enquanto apenas no hemisfério norte da Terra. As
imagens que estão sendo feitas são belíssimas e estão nos deixando
ansiosos pela sua aparição em nosso céu. Com efeito, o Hale-Bopp vai
ser observado pelos habitantes do hemisfério sul apenas a partir da
metade de abril: esperamos poder observá-lo em torno do dia 10. Ele vai
aparecer depois do pôr-do-Sol e, então, ficará cada vez mais fácil
vê-lo, pois ele ficará visível durante uma maior parte da noite. Porém,
o Hale-Bopp começará a sua viagem de volta às regiões escuras do
Sistema Solar: talvez outra visita deste cometa só aconteça daqui a
2500 anos! Portanto, vamos aproveitar esta oportunidade para acompanhar
este visitante tão ilustre!
Algumas imagens do Hale - Bopp do Hemisfério Norte:
.
Figura 04: Imagem
feita pelo astrônomo amador Dennis di Cicco na Carolina do Norte, EUA,
no dia 12 de março de 1997. Esta imagem possui uma resolução apropriada
à publicação em revistas e jornais. Créditos à revista
Figura 05: Imagem
obtida por Johnny Horne, na Carolina do Norte, EUA, em 29 de março de
1997. A constelação de Cassiopéia é visível no canto direito da foto,
pelas estrelas que formam um "W". (c) 1997 Fayeteville Observer Times
Figura 06: Imagem mostrando o cometa Hale-Bopp e a Via-Láctea. Imagem obtida por Cckhard Slawik, da Alemanha. (c) Eckhard Slawik
HUBBLE AND IUE HALE-BOPP OBSERVATIONS SURPRISE ASTRONOMERS
(ÍNDICE)
Date: Thu, 27 Mar 1997 16:36:53 -0500 (EST)
From: [email protected]
To: undisclosed-recipients:;@spinoza.hq.nasa.gov
Subject: Hubble and IUE Hale-Bopp Observations Surprise Astronomers
Donald Savage Headquarters, Washington, DC March 27, 1997 (Phone: 202/358-1547)
Tammy Jones Goddard Space Flight Center, Greenbelt, MD (Phone: 301/286-5566)
Ray Villard Space Telescope Science Institute, Baltimore, MD (Phone: 410/338-4514)
Emil Venere Johns Hopkins University, Baltimore, MD (Phone: 410/516-7906)
RELEASE: 97-55
HUBBLE AND IUE HALE-BOPP OBSERVATIONS SURPRISE ASTRONOMERS
Completing an
unprecedented year-long study of Comet Hale- Bopp using two NASA
observatories, the Hubble Space Telescope and the International
Ultraviolet Explorer, astronomers report that they are surprised to
find that the different ices in the nucleus seem to be isolated from
each other. They also report seeing unexpectedly brief and intense
bursts of activity from the nucleus during the monitoring period. The
Hubble observations suggest that the nucleus is huge, 19 to 25 miles
across.
The findings, by a team of
scientists led by Johns Hopkins astrophysicist Dr. Harold Weaver, are
being published in the March 28 issue of the journal Science.
"Hale-Bopp will probably
provide the most revealing portrait of the workings of a cometary
nucleus since the spacecraft missions to comet Halley in 1986," said
Weaver. "This is a unique opportunity; we have never had the chance to
examine a comet in this much detail, over this large a range of
distance from the Sun."
The key results:
Violent Eruptions on the Comet's Surface
During the course of
long-term observations, which began in August 1995, astronomers
unexpectedly caught the comet going through a sudden brief outburst,
where, in little more than an hour, the amount of dust being spewed
from the nucleus increased at least eight-fold. "The surface of
Hale-Bopp's nucleus must be an incredibly dynamic place, with 'vents'
being turned on and off as new patches of icy material are rotated into
sunlight for the first time," Weaver said.
A Complex, Mottled Nucleus
To their surprise,
astronomers found that water ice sublimates (turns directly from a
frozen solid into a gas) at a different rate than the trace ices,
implying that those components are not contained within the water on
the comet. This conclusion is further supported by Hubble data showing
that the rate at which dust left the nucleus was much different than
the sublimation rate of water. This result is contrary to previous
models for a comet's nucleus, which suggest that the trace components,
such as carbon disulfide ice, are contained inside of the most abundant
ice on the comet, frozen water. As water sublimates, the trace
components and dust should be released at similar rates, but this is
not what Hubble observed.
A Monstrous Nucleus
By studying Hubble Space
Telescope images, the astronomers have estimated that its nucleus may
be about 19 to 25 miles in diameter. The average comet is thought to
have a nucleus of about three miles in diameter, or even smaller. The
comet or asteroid that struck the Earth 65 million years ago, possibly
causing the extinction of the dinosaurs, was probably about six to nine
miles across.
Because Hale-Bopp was
unusually bright when it was still a great distance away, well outside
the orbit of Jupiter, it has given scientists their best view ever of
the changes in a comet's nucleus as it gets closer to, and is
progressively heated by, the Sun. Those changes, in turn, provide
information about the composition and structure of comets, which are
believed to be remnants from the formation of the solar system, about
4.6 billion years ago. Learning more about comets can provide important
information about the materials and processes that formed the solar
system.
The Space Telescope
Science Institute is operated by the Association of Universities for
Research in Astronomy, Inc. (AURA), for NASA, under contract with the
Goddard Space Flight Center, Greenbelt, MD. The Hubble Space Telescope
is a project of international cooperation between NASA and the European
Space Agency (ESA).
- end -
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